Minicursos |

Prezad@s,

A Comissão Organizadora da 6ª Semana de História da UFF agradece e felicita, em primeiro lugar, a todos os proponentes de minicursos para a edição do ano corrente. Em razão das limitações de espaço físico para a realização das atividades e assentados no critério de disposição cronológica dos minicursos, a Comissão Organizadora, em reunião deliberativa, selecionou as seguintes propostas:

Medo e preconceito nas vivências dos helenos

Mariana Figueiredo Virgolino (NEREIDA)

Mateus Mello Araujo da Silva (NEREIDA/PPGH-UFF/CNPq)

Camila Alves Jourdan (NEREIDA/PPGH-UFF/CNPq)

Talita Nunes Silva Gonçalves (NEREIDA)

Juliana Magalhães dos Santos (NEREIDA)

O minicurso tem como objetivo tratar o “medo e preconceito” em questões políticas, econômicas, sociais e culturais na sociedade helênica nos períodos arcaico e clássico. Para tanto, cada aula abordará temas que pautam-se neste dois tópicos, tomando-os como força motriz da ação humana historicamente construída. Deste modo, as aulas versarão sobre crise política, a xenofobia, a morte, o mundo do trabalho e a sexualidade, respectivamente, demonstrando como cada um destes assuntos são orientados por atos em que se entranham medo e/ou preconceito. A demanda em debater o medo e o preconceito se faz necessária, uma vez que são questões que atualmente forjam as relações mundiais. Assim é possível correlacionar, sobremaneira, as experiências do mundo antigo grego com nossas experiências do cotidiano.

A diversidade das fontes históricas: abordagens e tratos com documentos textuais no ofício do historiador

Caio César Cuozzo Pereira (PPHR/UFRRJ)

Ingrid Andresa Neles de Aquino (PPHR/UFRRJ)

Marina Soares Oliveira (PPHR/UFRRJ)

Vitor Gurgel (PPHR/UFRRJ)

Atualmente, a pesquisa historiográfica permite privilegiar diversos tipos de documentos. Nesta proposta, o minicurso busca demonstrar formas de problematizar/analisar um tipo específico de fonte: os documentos textuais. Neste sentido, a sugestão oferecida é de pensar a possibilidade de tratos e de fontes para que, sobretudo o público alvo do presente minicurso – estudantes em fase de escrita dos trabalhos monográficos – possam refletir o trabalho com fontes. Mesmo com excelentes orientações, os alunos e as alunas da graduação têm dificuldade em dar o ponta pé inicial na produção escrita, por vezes, confusos entre teorias e métodos. O objetivo central deste minicurso é agregar teórica e metodologicamente as propostas oferecidas pelos proponentes. Nestas, privilegiaremos a análise de periódicos escritos como O Corvo, A Gazeta de Notícias, O Elite, Última Hora, Tribuna da Imprensa, alguns periódicos da Liga Brasileira de Higiene Mental, entre outros. Além disso, oferecermos aos ouvintes ferramentas epistemológicas para lidar com as fontes aqui propostas e abrir um leque de possibilidades analíticas. Estas proposições têm como horizonte permitir o encontro de semelhanças ou afinidades quaisquer, para, assim, darem segmento aos seus trabalhos monográficos.

Transições democráticas e neoliberalismo na América Latina

Rejane Carolina Hoeveler

Diego Martins Dória Paulo

O curso pretende percorrer as complexas relações entre regimes políticos distintos (ditaduras e democracias) e a implementação do neoliberalismo na América Latina. O marco cronológico de partida não pode deixar de ser o golpe de 1973 no Chile, onde se deu o primeiro laboratório mundial para o programa neoliberal, seguido pelo caso da Argentina a partir do golpe de 1976. Desde este ponto de partida, estabeleceremos comparações entre diferentes transições democráticas e suas relações com a construção/imposição desse modelo de gestão econômica, política e social e suas implicações para os atuais regimes democráticos na América do Sul. Serão comparados os casos do Brasil, Argentina, Chile, Peru e México.

Entre Deus e o Rei: Igreja e Estado nas Índias (séculos XVI e XVII)

Mariana Sarkis Duarte (PPGH-UFF)

Flavia Silva Barros Ximenes (PPGH-UFF)

O minicurso visa discutir as relações entre Igreja e Estado na época moderna, entre os séculos XVI e XVII, tendo como ponto de partida as reformas do Concílio de Trento, assim como, a aplicação e os impasses dessas reformas nas Índias. Através do pensamento político do bispo e vice-rei Juan de Palafox y Mendoza, serão debatidos os impasses entre o clero secular e o poder real. E por meio dos Manuais de Confessores identificar o novo perfil moral do clero secular nas Índias e sua atuação na disciplina social monarquia. Por fim, o minicurso visa apresentar um breve panorama das relações simbióticas entre Igreja e Estado na época moderna e seus reflexos na política, apontando novos caminhos para pesquisa histórica.

As revoluções socialistas: história, historiografia e debates teóricos

Marcio Lauria Monteiro (PPGH-UFF/CNPq)

Afirmar que o século XIX foi o século das revoluções liberais e o XX o das revoluções socialistas já é quase um lugar-comum. Todavia, o socialismo como conjunto de ideias e como movimento político é múltiplo e sua história é repleta de disputas. Tendo isso em mente, o minicurso tem como proposta central debater a história das revoluções socialistas a partir de alguns casos significativos, ressaltando peculiaridades importantes dessas experiências e dos regimes por elas gerados, frente ao esperado a partir do arcabouço teórico-programático marxiano, e também abarcar aspectos mais amplos da história do socialismo, como a divisão das organizações internacionais socialistas e o surgimento de novas vertentes identificadas com essa família política. O debate de caso servirá ainda de ponte para tocar assuntos associados a alguns desses processos revolucionários, tais como a luta anti-colonial ou a luta anti-fascista. Assim, serão abordados o conceito de revolução social e o desenvolvimento da concepção marxiana de revolução socialista; a Revolução Soviética de 1917 e a formação do regime stalinista; a Revolução Chinesa de 1925-27 e as elaborações sobre uma revolução socialista na periferia capitalista; a Revolução Espanhola de 1936 e o anti-fascismo; as revoltas democráticas no interior do “bloco soviético” (anos 1950-60); a radicalização na Europa Ocidental pós-guerra e a expansão soviética na Europa Oriental (anos 1940); e as revoluções sociais no então nomeado Terceiro Mundo na segunda metade do século e seus elementos peculiares, como seus sujeitos políticos e sociais (com destaque para a Revolução Chinesa de 1949 e a Revolução Cubana de 1959).

Escravos e forros nos registros eclesiásticos: mecanismos de alforrias

Francisco Javier Müller Galdames

Ingrid Lucas

O curso tem como proposta principal a análise e discussão da Escravidão na sociedade da América Portuguesa, especialmente ao longo do século XVIII, e no contexto do Império do Brasil; trabalhando principalmente a ideia do cativeiro e da liberdade no âmbito da Igreja Católica neste período, recorrendo de forma específica, aos livros eclesiásticos, principalmente de batismos, casamentos e óbitos pertencentes. A principal abordagem se concentra no debate a respeito das ideias de escravidão enquanto modelo e política econômica ao longo do período setecentista e os debates em torno de sua atividade entre a Igreja e a esfera civil, o posicionamento da esfera Católica em relação aos cativos neste período, bem como a sua clivagem de sentido na política internacional no decorrer do século XIX, responsável por diversas contendas e compreensões em torno das ideias de cativeiro e liberdade. Neste prisma, o curso abordará, principalmente, a discussão a respeito dos processos de alforria, da situação e dos mecanismos de viabilidade de inserção da categoria “forros” na sociedade através dos registros religiosos, visto a relevância deste debate pela particularidade da existência deste estamento no contexto brasileiro.

 

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2 respostas para Minicursos |

  1. Lilian Ojeda disse:

    Olá, boa tarde. Gostaria de saber quando abrirá a inscrição e onde poderia me informar sobre o preço dos minicursos.

  2. Prezada,
    As inscrições serão abertas junto com as de ouvintes. Elas não terão custos e ocorrerão ainda este mês. Fique atenta ao nosso blog e página do FB.
    Abraços,

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